Quando o amor
acontece é uma arrogância não amar. Um abuso de autoridade. Quem é você pra
desrespeitar esse tirano?
Não venha dizer
que não está preparado, que não é a hora, que quem sabe logo mais. Só falta
comer mais essas, conhecer mais um punhado de países, deixa eu me
estabilizar no emprego, espera, vai? Não. Uma mulher pode até esperar, o amor nunca.
O amor é que
escolhe a hora dele. O amor é quem decide, você está ali apenas pra ser
atropelado.
Eu sei que de cara ele parece infensivo: um docinho de côco coberto com doce de leite numa
embalagem de seda azul-bebê. Puro disfarce.
Experimenta não
fazer o que o amor manda pra você ver.
Experimenta e você vai saber o que é
amargo.
O amor é um mimado e vai arranhar na sua cara
esse açúcar. Vai esfregar no seu pulmão esse melzinho. Experimenta respirar,
experimenta: e você sufoca.
Tira esse
sorriso fácil do rosto, amar é sério e dói mais que cárie.
O amor não usa
rosa, não tem rabo-de-cavalo nos cabelos, não saltita coelhinho, presta atenção.
O amor é um
vândalo que anda armado até os dentes.
Um ativista que atira e explode bomba nos outros, que gosta de ver sangue.
Um ativista que atira e explode bomba nos outros, que gosta de ver sangue.
Então ouve: não tenha
raiva de quem disse que não ia te amar porque já era tarde ou porque ainda era
cru. E nem perca seu tempo inventando traquitanas para destruir esse covarde - te acalma.
Esse sujeito, coitado,
está condenado a uma prisão perpétua de arrependimentos, um corredor da morte eterno
e a vez dele não chega nunca.
Economize-se que o amor se encarrega e se vinga.
É uma tortura, uma
maldade, mas quem mandou cometer essa insubordinação?
Ama quem pode.
Obedece quem tem juízo.
belo!
ResponderExcluirProva de desobediência amorosa.
ResponderExcluiradorei tudo, muito! parabéns.
ResponderExcluirwww.sintosintosinto.blogspot.com